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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SIMÃO DIAS: SOB POLÊMICA, MANIFESTAÇÃO E APARATO POLICIAL, VEREADORES APROVAM ALTERAÇÃO NO ESTATUTO DO MAGISTÉRIO E DEIXAM PROFESSORES DECEPCIONADOS!

Antes de começar a sessão, a Polícia Militar e a Polícia Civil já se faziam presentes na entrada da Câmara Municipal de Vereadores de Simão Dias. Com o plenário lotado de professores e forte presença da imprensa local, o presidente do Legislativo, vereador José Caetano (PSB) iniciou os trabalhos exatamente as 20h:47min de ontem, informando que tinha solicitado aparato policial por ter sido alertado através de ligação telefônica que professores iriam impedir a realização da sessão. O Executivo enviou pra Câmara, projeto de lei nº 33/2009 que alterava o Estatuto e Plano de Carreira do Magistério, reduzindo a regência de classe de 50% para 6%. Todos os parlamentares estavam presentes e o primeiro a se utilizar da palavra foi Aloisio Viana (PSC), que segundo ele, o Sintese tem mostrado que é possível o Município pagar o Piso Salarial, que a lei é federal e tem que ser cumprida, mas ao modo de ver do parlamentar, Simão Dias não suportaria no momento tal responsabilidade. Seria necessário uma planilha ser enviada para Brasília/DF onde o governo federal iria ajudar com subsídios. Essa planilha daria condições de solicitar auxílio à capital federal. No final, Aloisio Viana frisou que projeto dessa natureza deve chegar no mínimo com 15 dias de antecedência na casa, devido a sua importância e conteúdo. Por entender que o tempo é muito curto para analisar o projeto, o vereador informou não ter condições de votar no tal, sendo muito aplaudido pelos professores. A polêmica começou quando o vereador Israel Andrade (PSB), líder do prefeito na Câmara, soliciou aparte e peitou os professores. Rael, disse que os professores são egoístas, ingratos e perguntou-lhes o motivo dos demais servidores da educação (vigilantes, merendeiras, zeladores) não receberem também aumento. Isso representaria privilégios apenas para os professores. Após sua fala, o vereador foi bastante vaiado. A todo instante, os professores exibiam cartazes com frases: "Abaixo a ditadura, chega de demagogia, etc". O vereador Leninho (PPS) disse que votaria contra o projeto, por não concordar e por sua esposa ser também professora. Vereador também foi muito aplaudido. Os demais legisladores ficaram o tempo todo calados.
O projeto foi aprovado por 6 votos, 1 voto contra (Leninho) e uma abstenção (Aloísio Viana). Antes da votação final, professores presentes e integrantes do Sintese começaram a manisfestar-se e gritar incessantemente: "É só não votar". A sessão ficou suspensa, até que o delegado Dr. Fábio Alan dialogasse com os manifestantes, alegando que estava alí para cumprir a lei e proporcionar a ordem e se necessário fosse teria que agir utilizando a força. O assessor jurídico da Câmara, Dr. Gilson também conversou com eles e fortaleceu a tese de que essas manifestações estavam infringindo o regimento interno do parlamento municipal. Por sua vez, liderados por Cláudia Patrícia, presidente do Sintese no município, eles viraram as costas pros vereadores e foram para a frente da Câmara. Após o encerramento dos trabalhos, vereadores foram fortemente vaiados na saída. Aplaudidos somente Leninho e Aloísio Viana. Segundo integrantes do Sintese, o professor e atual prefeito Dênisson Déda (PSB), conseguiu rasgar toda a sua história como educador ao virar as costas para a categoria a qual ele faz parte.
Ainda hoje mais fotos da sessão.